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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ação da prece

Para estudarmos sobre o assunto do nosso próximo encontro (confira o convite aqui), A Alegria da Prece; compartilho com vocês um texto da nova edição da revista virtual O Consolador que nos esclarece a cerca da ação da prece. 


Boa leitura à todos!
Abraços fraternos



Ação da prece
VALCI SILVA
valcipsi@terra.com.br

Tupã, SP (Brasil)

Ensina-nos O Evangelho segundo o Espiritismo que “a prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus...”.

O texto acima, belíssimo e inspirador, no entanto, ele é ponto de discórdia entre adeptos das diversas religiões professadas pela humanidade. Vejamos a seguinte realidade, que se passa em uma escola de jardim de infância na região central de Brasília. Uma oração feita pelos alunos diariamente, antes do início das aulas, é o principal motivo da discórdia. De um lado está um grupo de pais que pede a exclusão de referências religiosas das atividades escolares. Do outro, os que apoiam o ritual diário e consideram que a direção da escola está sendo perseguida. 

Todos os dias antes das aulas os alunos se reúnem no pátio da escola para o momento chamado de acolhida. “Nessa hora, são estimulados a fazer uma ‘oração espontânea’”, como define a diretora Rosimara Albuquerque. “A cada dia, crianças de uma turma ficam responsáveis por fazer os agradecimentos a Deus ou ao Papai do Céu. Pode agradecer pelo parquinho, pelos colegas. Mas houve um questionamento por parte dos pais para que fosse um momento de acolhida um pouco mais amplo já que algumas famílias não comungam dessa religião (a diretora é católica), que seria basicamente cristã”, conta Rosimara, que está à frente da escola há seis anos. 

A prática existe há 40 anos desde que a escola foi fundada. Vejamos as opiniões divergentes e favoráveis. Para a radialista Eliane Carvalho, integrante da Associação de Pais e Mestres do colégio, a escola está ultrapassando os limites permitidos pela legislação. Ela e outros pais que protestam contra essas atividades se apoiam no princípio constitucional da laicidade para pedir que práticas de cunho religioso fiquem de fora do ambiente escolar. Além do momento da acolhida, ela conta que notou outros sinais de violação, a partir de informações que o filho de 4 anos levava para casa. "Não posso dizer que existem dentro da sala de aula práticas religiosas. Mas meu filho não aprendeu em casa a orar em nome de Jesus. Um dia ele me disse que o telefone para falar com Jesus era dobrar o joelho no chão", relata Eliane. 

Do lado oposto, ou seja, os que são favoráveis à prática salutar da prece, um grupo maior de pais organizou um abaixo-assinado a favor da escola e da oração no início das aulas. “A forma como eles, professores e direção, estão atuando não é nada abusiva ou direcionada a uma crença específica. Eles colocam a palavra de Deus, como entidade superior, e agradecem à família. São só coisas boas, frutos bons. Quem está incomodado é uma minoria", defende Thiago Meirelles, que é católico e pai de um aluno. 

Eliane Carvalho (associação de pais) lamenta que a discussão tenha ficado polarizada. "Não é uma discussão pessoal, mas de currículo. O grupo que fez o abaixo-assinado passou a nos ver como perseguidores de cristãos e hoje somos vistos como pessoas absurdas que não querem a palavra de Deus na escola. Todos têm o direito de fazer suas orações, mas eu questiono o fato de a escola aceitar uma prática que, para mim, se configura em arrebanhar fiéis", diz. 

Na última semana a reza foi substituída por cantigas de roda e outras atividades. "Aí, sim, parecia uma escola, antes parecia uma igreja. Como pai que tem a obrigação de dar uma orientação religiosa à filha, não posso permitir que haja divergência. O mais triste é que, apesar de essas pessoas dizerem que estão pregando o amor e o respeito, elas não têm respeito nenhum pela minha liberdade de que não haja essa interferência religiosa", diz Mafá Nogueira, pai de uma aluna. Este pai se esquece do oposto da sua fala, que seria o fato de ele respeitar a prática de se levar às crianças a oportunidade do aprendizado da oração, independente de convencer a criança a professar qualquer religião.

Para resolver o problema, a escola vai convocar reuniões com pais, professores, funcionários e representantes da Secretaria de Educação. "Vamos discutir como a gente pode abordar a pluralidade e a diversidade sem agredir ninguém e que todos possam sair satisfeitos. Polêmicas à parte, devemos refletir a respeito do quanto ainda a humanidade não busca compreender boas ações e boas práticas. Independente da crença e da fé religiosa, a prece é instrumento universal e incontestável meio de nos ligarmos ao bem. A questão é que cada segmento religioso quer crer que suas preces e suas práticas são melhores e mais apropriadas do que a dos demais, o que naturalmente leva ao conflito, na crença de que ‘meu’ Deus é melhor do que o seu e outros que não têm Deus nenhum.”  

O simples ato de ensinar crianças a orar gerou toda uma polêmica, pois ainda há muitos no mundo que não compreendem e nem aceitam a existência de Jesus como modelo e guia para o homem na Terra, ensinando que nos amássemos uns aos outros.


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