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terça-feira, 2 de agosto de 2016

O QUE É NATUREZA? - Revista Espírita de 1862



O QUE É NATUREZA?

Ora, o que vem a ser a natureza? Ouvi antes a definição do naturalista moderno; diz ele:  A Natureza é o trono exterior do poder divino. A tal definição juntarei esta, que resume todas as ideias dos observadores: A Natureza é o poder efetivo do Criador. Atentemos para esta dupla explicação do mesmo vocábulo que, por uma maravilhosa combinação de linguagem, representa duas coisas à primeira vista tão diversas.

Efetivamente a natureza, tal como entendida no primeiro sentido, representa o efeito, cuja causa é expressa no segundo. Uma paisagem de vastos horizontes, com árvores frondosas, sob as quais sentimos a vida subir na seiva; uma campina esmaltada de flores odoríferas e coroada pelo sol: isto se chama Natureza. E se quisermos designar a força que orienta os astros no espaço e faz germinar na terra o grão de trigo? É ainda a Natureza. Que a constatação dessas várias denominações seja para vós uma fonte de profundas reflexões; que sirva para vos ensinar que, se nos servimos da mesma palavra para expressar o efeito e a causa é que, realmente, causa e efeito são uma só. O astro atrai o astro no espaço segundo leis inerentes à constituição do Universo e é atraído com a mesma força que a que nele reside. Eis a causa e o efeito. O raio solar perfuma a flor, e a abelha aí vai buscar o mel; aqui, o perfume é ainda efeito e causa. Seja onde for que na Terra apontais o olhar, podereis constatar esta dupla natureza.

Concluamos daí que se a Natureza é, como a denominei, a força efetiva de Deus, ao mesmo tempo é o trono de seu poder; é, simultaneamente, ativa e passiva, efeito e causa, matéria e força imaterial; é a lei que cria, que governa, que embeleza; é o ser e a imagem; é a manifestação do poder criador, infinitamente belo, infinitamente admirável, infinitamente digno da vontade da qual é a mensageira.

Galileu

Revista Espírita – Setembro de 1862, p. 388

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