Seja bem-vindo ao nosso blog.

Este é o nosso canal de comunicação!

Qualquer dúvida, contribuição, sugestão ou crítica, escreva-nos: juventude_espirita@hotmail.com


sexta-feira, 31 de março de 2017

Autoeducação - Emmanuel no livro O Consolador




Urge o esforço da autoeducação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios valores.

Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guias os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.

EMMANUEL - Pergunta 184 do livro CONSOLADOR

Para refletir... O Livro dos Médiuns


Para refletir... Allan Kardec


quarta-feira, 29 de março de 2017

O adolescente na busca da identidade, Joanna de Angelis



O adolescente na busca da identidade


Reencarnando‐se, para reparar os erros e edificar o bem em si mesmo, o Espírito atinge a adolescência orgânica, vivenciando o transformar de energias e hormônios sutis quão poderosos, que o despertam para as manifestações do sexo, mas também para as aspirações idealistas, desenvolvendo a busca da própria identidade.

Carregando a soma das personalidades vividas em outras reencarnações, a sua identificação com o mundo atual demanda tempo e amadurecimento, mediante os quais pode aquilatar quem realmente é e o que legitimamente deseja.

Não tendo o discernimento ainda para eleger o que é melhor, quase sempre se entrega à busca do mais imediato, porque mais simples, procurando acomodar‐se às manifestações fisiológicas do comer, dormir, praticar sexo, vencer o tempo sem grande esforço. Trata‐se de um atavismo pernicioso, que deve ser melhor direcionado, a fim de que seja descoberta a finalidade da existência e como alcançar esse patamar que o aguarda.

Se o lar oferece segurança afetiva e compreensão, o adolescente tem facilidade para selecionar os valores e aceitar aqueles que lhe são mais favoráveis para o progresso. Todavia, se o grupo familiar é traumatizante, foge para comportamentos oportunistas, que parecem afugentar as mágoas e libertá‐lo do cárcere doméstico.

A busca da identidade no adolescente é demorada, qual ocorre com o indivíduo em si mesmo, prolongando‐se pelo período da razão, amadurecimento e velhice. Por isso mesmo, nem sempre a avançada idade biológica é sinônimo de sabedoria, de equilíbrio. Jovens há, maduros, enquanto idosos existem que permanecem aprisionados na criança caprichosa e renitente da infância não ultrapassada.

De um lado, existe o interesse familiar, que trabalha para o melhor do educando, mas por outra parte se encontra o grupo social, nem sempre equilibrado, na Escola, no Clube, na rua, no trabalho, conspirando contra as atitudes saudáveis que se deseja oferecer e que naturalmente atraem o adolescente, porque ele gosta de ser igual aos demais, não chamar a atenção, ou quando, em conflito, quer destacar‐se, exibir‐se, exatamente porque vive inseguro, experimenta dramas, que mascara sob a desfaçatez, o cinismo aparente...

Invariavelmente o Espírito reencarna para dar prosseguimento a tarefas que ficaram interrompidas, e ressurgem nos painéis mentais como aspirações e tendências mais acentuadas. Outras vezes, no entanto, deve começar a experimentar atividades novas, mediante as quais progredirá no rumo da vida e de Deus.

Na fase da insegurança pela adolescência, toda a vigilância é necessária, de modo a auxiliar o jovem a encontrar‐se e a definir o seu ideal de vida, entregando‐se‐lhe confiante e rico de perseverança até conseguir a meta ambicionada.


Joana de Angelis, no livro Adolescência e Vida

Para refletir...


Para refletir... Humberto de Campos


terça-feira, 28 de março de 2017

Conhecendo as obras básicas: Conhecimento de si mesmo



CONHECIMENTO DE SI MESMO

919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
“O que disse um sábio da antiguidade: Conhece-te a ti mesmo”.

a) Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?
“Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, revistando tudo que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltou a algum dever, se ninguém teve motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, recordasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse a si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo da guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque — acreditem em mim —, Deus o ajudaria. Portanto, dirijam perguntas a si mesmos, interroguem sobre o que fazem e com que objetivo procedem em tal ou tal circunstância, sobre se fizeram alguma coisa que reclamariam se fosse feita por outro; sobre se agiram de modo que não teriam coragem de confessar. Perguntai ainda mais: ‘Se fosse agradável a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado.
“Examinem o que puderam ter feito contra Deus, depois contra os outros e, finalmente, contra vocês mesmos. As respostas darão, ou o descanso para a consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.
“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, vocês dirão: como alguém pode julgar a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para suavizar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas há um meio de verificação que não pode iludir a ninguém: quando estiverem indecisos sobre o valor de uma de suas ações, examinem como a qualificariam se fosse praticada por outra pessoa. Se a censurariam em outros, não podem ter por legítima quando forem o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação da justiça. Procurem também saber o que dela pensam os seus semelhantes e não desprezem a opinião dos inimigos, pois esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao lado de vocês como um espelho, a fim de que sejam advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Indaguem, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de se melhorar, a fim de extirpar de si os maus pendores, bem como arranca as ervas daninhas do seu jardim; a exemplo do comerciante, façam balancete no seu dia moral para, avaliar suas perdas e seus lucros e asseguramos que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.
“Então, formulem em vocês mesmos questões nítidas e precisas e não temam em multiplicá-las. É justo que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalham todos os dias com o fim de juntar bens que vos garantam repouso na velhice? Esse não é o objetivo de todos os seus desejos, o fim que faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! O que é esse o descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sabemos que há muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta é exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do íntimo de vocês, visto que desejamos fazer que compreendam esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida na alma. Por isso foi que primeiro chamamos a sua atenção por meio de fenômenos capazes de ferir os sentidos e que agora damos instruções, que cada um de vocês se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O LIVRO DOS ESPÍRITOS.”
Santo Agostinho


Muitas faltas que cometemos passam despercebidas por nós; se, de fato, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogarmos mais frequentemente nossa consciência, veremos quantas vezes falhamos sem perceber, por não examinar a natureza e a motivação de nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que o ensinamento do “conhece-te a ti mesmo”, que geralmente não se aplica a nós mesmos. Ela exige respostas categóricas, por um sim ou um não, que não deixam alternativa; são igualmente argumentos pessoais, e pela soma das respostas pode-se calcular a soma do bem e do mal que está em nós.

O Livro dos Espíritos
Parte Terceira: Das Leis Morais | Cap. XII Da Perfeição Moral